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À medida que a crise se agrava, os leilões de imóveis vão se tornando mais comuns. Aparentemente, esse tipo de evento proporciona uma chance real de adquirir imóveis com descontos consideráveis, que por vezes chegam a 20% ou 30% em relação aos valores usuais de mercado. Entretanto, a despeito dessa grande vantagem, será que vale a pena?
Bem, vamos excluir a sorte, para início de conversa. É evidente que você pode ter seu pé-de-coelho em dia, arrematar um imóvel por 25% menos em um leilão e tudo estar nos conformes, da papelada ao estado geral do apartamento. Mas o problema é que isso nem sempre acontece.
Problemas com a desocupação
A grande maioria dos imóveis que acaba indo a leilão ainda não estão desocupados. Embora muitas vezes o processo seja conduzido de forma amigável, há casos nos quais os moradores inadimplentes não querem sair. Nessas situações, é provável que você acabe gastando tudo o que economizou com advogados e custas processuais.
Formas de pagamento diversas
É bom ficar de olho também na forma de pagamento, pois não há necessariamente uma uniformidade entre leilões. É sempre bom ler atentamente as regras do edital antes de participar. Muitos leilões não aceitam o FGTS na entrada, exigem cerca de 30% do valor do imóvel no ato e alguns deles também possuem uma taxa adicional de serviço de 5% sobre o valor do lance vencedor.
Se você não compreende muito bem o funcionamento do leilão em si, passe adiante e primeiro vá se informar com um advogado especializado ou com imobiliárias que possuam esse tipo de experiência (são poucas).
Pegadinhas do edital
Cada edital é diferente dos demais e pode conter várias “pegadinhas”. O edital traz informações sobre o estado de conservação, formas de pagamento, estrutura e valor dos lances, impostos envolvidos e a modalidade e tipo de contrato que será assinado no caso de um lance vencedor. Caso seja necessário, é bom consultar um advogado.
Pesquise preços
Em alguns casos, é bom consultar imobiliárias e corretores a respeito do real valor dos imóveis que estão sendo leiloados – pesquise a região-alvo, suas particularidades e o preço médio de imóveis equivalentes. Muitas vezes o que parece ser um bom negócio não é tão bom assim.
Há investidores que concentram esforços nesse tipo de mercado, porém eles já possuem traquejo e sabem lidar com as particularidades de um leilão de imóveis. Para iniciantes, é bom sempre frequentar alguns deles sem realizar lances, em um primeiro momento, para sentir a dinâmica da coisa e observar de perto o funcionamento, evitando dores-de-cabeça desnecessárias.
