A coisa está chegando por aqui – nos Estados Unidos já é mania. É bem verdade que as tais casas inteligentes, ou “casas do futuro”, como o Fantástico gostava de mostrar nas décadas de 1980 e 1990, saiu bem diferente da encomenda.
Não há necessariamente holografias ou paredes que viram telas de TV espalhadas por toda a casa. O que acabou definindo as casas inteligentes no mundo real foi a possibilidade de uma residência de ser controlada, em diversos aspectos, de forma remota e, de preferência, pelo celular.
Por enquanto, são muitos os detalhes que podem ser controlados em apps mobile em uma casa, a partir da compra de equipamentos e aparelhos não tão caros assim. É claro que já existem sistemas de automação residencial praticamente completos, que permitem controlar quase tudo dentro da casa, mas nesse caso, os preços ainda estão um pouquinho acima do possível para a maioria dos moradores, especialmente no Brasil.
Quem nasceu nas décadas de 1980 ou 1970, ou ainda antes, tinha uma visão diferente do que seriam as casas inteligentes, mas para as novas gerações, o celular como “centro de controle” é algo perfeitamente normal.
Quer alguns exemplos de tecnologias assim que já estão chegando ou chegarão em breve no Brasil? Então vamos lá.
Campainhas e porteiros eletrônicos
Esses velhos conhecidos ganharam nova roupagem com a geração mobile. Agora é possível ver quem está à sua porta diretamente a partir do celular, conversar com essas pessoas e até mesmo abrir ou fechar portas e acessos a partir de comandos no celular. Nos EUA, o Ring é um dos equipamentos desse gênero que mais cresce – veja o vídeo deles.
Sensores diversos
Os sensores também se multiplicam. Eles indicam temperatura, regulam o ar condicionado de forma automática, avaliam o nível de iluminação na casa e até mesmo registrar mudanças nos movimentos na parte interna do imóvel, revelando para você, à distância, a entrada de criminosos ou ladrões.
O mercado de sensores já é um segmento de mais de US$ 5 bilhões ao ano nos EUA, e envolve gigantes como o Google, que por sinal comprou não muito tempo atrás uma das empresas que produz essa tecnologia, a Nest.
O Nest é um sensor de segurança – ele indica temperatura, umidade do ar, mas também detecta fumaça e focos de incêndio e avisa você pelo celular, ou até mesmo a segurança pública, polícia e bombeiros, se você o configurar. Outro produto deles é um termostato inteligente – ele ajusta a temperatura de aparelhos de ar condicionado da casa de forma fácil e rápida, do próprio aparelho ou a partir do celular.
Energia e iluminação
Aqui surgem os aparatos que já chegam ao Brasil aos montes. De lâmpadas mais eficientes a controles remotos inteiros para automação da parte de energia e iluminação de um imóvel, as opções já são muitas.
Em nossa crise de energia, está se tornando particularmente útil usar esses pequenos aparelhos. Itens como as tomadas que cortam energia sozinhas, após você sair de casa, lâmpadas que regulam seu nível de iluminação e consumo conforme a hora do dia, leitores que passam, no celular, dados completos e detalhados sobre o consumo energético – tudo isso já está à disposição no mercado a preços realistas e, certamente, será um diferencial para proprietários que querem vender ou alugar seus imóveis mais rapidamente.
Fechaduras e travas
Aqui também há novidades aos montes. As melhores de todas são as fechaduras que dispensam chaves. O dispositivo é acoplado ao tambor da fechadura original, que passa a ser acionada pelo celular – geralmente fazendo a leitura da digital do dono.
Qual a utilidade? Digamos que você esqueceu ou perdeu sua chave, ou no caso, seu celular. Basta ingressar em qualquer outro computador ou dispositivo com acesso à internet e desbloquear sua fechadura.
Você ainda pode abrir suas portas à distância para amigos, faxineiras, profissionais e outros quando estiver viajando, sem ter que deixar chaves ou lembrar disso com antecedência.
As novidades ainda aparecerão aos montes, mas é importante saber que, a partir desses novos dispositivos que deixam as casas inteligentes, o ramo de imóveis jamais será o mesmo de novo.