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O balanço anual do segmento imobiliário, desenvolvido pelo Sindicato da Habitação para São Paulo (Secovi-SP) apontou uma queda de 7% no volume de imóveis lançados no município de São Paulo, para 31,7 mil unidades. Apesar da queda relação a 2013 ter sido bastante branda, quando analisamos as vendas, os dados são um pouco mais assustadores: foram 21,6 mil unidades comercializadas no ano passado, um recuo de 35,2% sobre o ano de 2013. Trata-se do menor volume de vendas anual no município desde 2004, quando apenas 20,2 mil unidades foram comercializadas.
Com isso, as incorporadoras fecharam o ano em São Paulo com um estoque de unidades novas de 10,1 mil a mais do que no ano anterior – algo preocupante, dado o momento difícil pelo qual o setor passa, com o governo reduzindo o volume de financiamentos à habitação e bancos se tornando mais exigentes na concessão de cartas de crédito.
Números e valores
Não foram apenas os números que caíram no setor imobiliário. A participação dos imóveis de apenas um dormitório entre os lançamentos do ano passado quase dobrou, chegando a 34% do volume total lançado na cidade. Com isso, houve enorme queda no valor global de vendas de imóveis na cidade, a despeito dos preços médios continuarem a subir. O valor comercializado na cidade caiu de R$ 20,2 bilhões, em 2013, para somente R$ 11,9 bilhões, no ano passado.
Região metropolitana
Nos demais municípios da Grande São Paulo, o ritmo de lançamentos, na verdade, recuou ainda mais – de 25,9 mil unidades para 19,2 mil unidades. Os destaques positivos ficaram por conta de Osasco, onde mais de 4.400 unidades foram lançadas, e também em Barueri, que inclui Alphaville e Tamboré, e teve 3.621 unidades lançadas.
As vendas também recuaram em 29%, para 19,7 mil unidades, embora o menor ritmo de lançamentos tenha causado poucas modificações nos estoques de novas unidades em cidades ao redor da capital.
Preços
Os preços continuam mantendo seus patamares, embora parte disso se deva ao aumento das taxas de juros de mercado e também do custo de financiamentos. Em um mercado de poucas compras à vista, ainda não há notícias de qualquer queda massiva nos valores dos imóveis, mas a crise já se reflete nos volumes de vendas.
Nos próximos meses, economistas do Secovi e especialistas de mercado até esperam alguma recuperação, com preços se mantendo relativamente estáveis ou até mesmo galgando uma leve alta até o final de 2015.
