Planejando estrategicamente seus anúncios

Anunciar é uma rotina fundamental na vida de qualquer imobiliária ou empresa do segmento de imóveis. Seja no caso de lançamentos ou nos mercados de compra e venda de imóveis usados e aluguel, anúncios bem desenhados, planejados e com público-alvo bem definido tendem a melhorar consideravelmente o desempenho de seu negócio. Entretanto, é preciso saber exatamente o que anunciar. Para isso, nos dias de hoje, é preciso monitorar e estudar os perfis de acessos, nas páginas e websites mantidos por sua imobiliária e também nos principais perfis em redes sociais.

Compreendendo o público

Imobiliárias trabalham com mailings imensos e carteiras de clientes e proprietários a perder de vista. Quando migramos para a internet, esse público tende inclusive a aumentar. Para não perder o fio da meada e poder realizar campanhas e anúncios que realmente atinjam seu alvo, precisamos utilizar métricas de acesso, cliques e visualizações para entender melhor nossa clientela, e acertar em cheio na hora de anunciar – afinal, por mais que ads no Google e Facebook possam ser individualmente baratas, elas custam dinheiro.

Estudando seus acessos

Não importa se o website de sua imobiliária tem 10 mil, 100 mil ou 1 milhão de acessos por mês. Mais do que um número absoluto, é preciso pesquisar e analisar o perfil de cada um desses acessos. Ferramentas mais modernas de controle de websites e algumas ferramentas livres, como o Google Analytics, permitem que você saiba exatamente quais foram os imóveis mais acessados pelos usuários, bem como o tempo que eles gastaram lendo e acessando cada um desses anúncios, além de outros dados relevantes, como a região geográfica de onde eles acessaram e, no caso de redes sociais, até dados como sexo, faixa etária e mesmo perfis de interesse e profissionais. Levando esses perfis em conta, você estará necessariamente reduzindo custos com anúncios – já que esforços demasiados serão poupados – e acertando em relação ao tipo e padrão do imóvel a ser anunciado, bem como o público para o qual dirigir esses anúncios. Por exemplo, se 70% dos acessos ao seu website ocorrem em anúncios de oportunidades de apartamentos de 2 dormitórios, não é prudente que você gaste fortunas com anúncios de casas térreas de alto padrão. Do mesmo modo, se as métricas de seu website mostram que mais de metade dos usuários que frequentam sua página são de São Paulo, pagar por anúncios de imóveis na Região Nordeste pode representar um gasto desnecessário.

Planejando anúncios

Uma vez que você disponha das estatísticas de acesso em mãos, assim como perfis de usuários que frequentam sua página e redes, é hora de estabelecer algumas estratégias com base nos resultados adquiridos:

• Escolha palavras-chave de acordo com os perfis de imóvel mais acessados e suas regiões. De keywords como “quitinete”, “dois dormitórios” ou “loft” até expressões mais elaboradas, como “apartamento no Ipiranga” ou “aluguel em Santos”.
• Para anúncios no Facebook, é importante levar em conta com cuidado os perfis de acesso geográfico e também conhecer minimamente a faixa etária do seu público-alvo. Os anúncios do Facebook podem ser filtrados facilmente de acordo com essas duas variáveis.
• Separe verbas equivalentes, conforme o volume de acessos para cada categoria de imóvel: 30% para anúncios de apartamentos de 2 dormitórios, 20% para casas de veraneio, e por aí vai, a depender do número de acessos em cada categoria.
• Atualize essas verbas e planejamento com frequência mensal, pelo menos. A internet é uma ferramenta dinâmica e esses perfis tendem a mudar com muita rapidez.

Dicas de estilo

Isso mesmo, estilo. Redigir um anúncio de qualidade exige tanto cuidado quanto redigir qualquer outro texto ou peça publicitária – é preciso um português correto e um tom chamativo e comunicativo, para chamar a atenção do leitor, porém passando também a informação desejada.

• Títulos – não apele, tente ser informativo e concentrar seu título no ponto mais forte do imóvel (“casa em área nobre”, por exemplo), inserindo também, sem ocupar muito espaço, características-chave, como o número de dormitórios, dependências do condomínio ou cômodos pouco usuais, como lareira e varanda.
• Imagens – evite imagens borradas, com iluminação pobre ou ângulos que não beneficiem o que o imóvel possui de melhor. Na dúvida, é melhor dispor menos fotos do que imagens que deponham contra o imóvel.
• Descrição – honestidade, em um mundo pautado pelas redes sociais, conquista clientes. Ressalte, é claro, os pontos mais atrativos do imóvel, mas seja honesto em relação a suas limitações. Não minta sobre a localização: qualquer busca em um GPS ou Google Maps mostra a realidade dos fatos.
• Gramática e ortografia – se redigir com correção não é seu forte, peça a alguém que o faça ou contrate um revisor. Erros de português crassos tendem a popularizar seu anúncio, mas de forma negativa – você pode virar piada na internet.

Trabalhando com imagens

Você pode não ser um fotógrafo profissional, ou não ter verba para contratar um, mas um pouco de bom senso pode impedir verdadeiros desastres em seus anúncios de imóveis. Tire suas fotos sempre em dias com boa iluminação e com janelas do imóvel abertas – a luz esconde pequenos defeitos e ressalta as qualidades do imóvel, além de tornar ambientes mais amplos. Não use flash – é difícil acertar o ponto e, como já falamos, você não é um profissional.

As pessoas também se interessam por imóveis, não por transeuntes, veículos passando à porta de condomínios, porteiros conversando ou animais de estimação correndo pela casa. Como não sabemos as preferências de nosso público até que estejamos em contato com eles, a melhor política é se concentrar no tema principal do anúncio: o imóvel em si.

Tire sempre muitas fotos – idealmente 15 ou 20 para cada uma que você realmente for utilizar. Quando tiramos um número limitado de fotografias, é grande a possibilidade de que tenhamos de trabalhar com imagens não tão boas assim.

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