A CAIXA, ainda no final de abril, anunciou nova mudança nos termos para o financiamento de imóveis usados que caiu como um paralelepípedo no segmento como um todo, mas que afeta principalmente aqueles que, tendo adquirido imóveis novos, dependiam da venda de suas antigas casas e apartamentos para quitar novas dívidas.
A CAIXA já havia aumentado os juros incidentes sobre operações envolvendo imóveis usados, mas a partir deste mês, passa a financiar, no máximo, 50% do valor de imóveis financiados pelo SFH e apenas 40% pelo SFI.
Em termos práticos – o capital mínimo exigido na entrada mais do que dobrou, sendo que os juros de correção sobre as parcelas do financiamento já haviam aumentado. O comprador de imóveis usados, nesses termos, além de desembolsar muito mais à vista, na entrada, terá de arcar com juros maiores nas parcelas do saldo restante a ser financiado.
Dificuldades na aprovação
Alguns clientes e até imobiliárias também vêm relatando dificuldades na aprovação de operações de financiamento. Como corretor, o melhor que você pode fazer é exigir tanto de proprietários quanto de compradores toda a documentação e comprovações de renda em dia e nos moldes necessários para a aprovação do financiamento – se possível com alguma folga em termos de valores.
Consequências para o corretor
Agir com inteligência é sempre a melhor maneira de contornar problemas. Potenciais clientes para determinadas categorias de imóvel, com a mudança, passarão a buscar o financiamento de imóveis mais baratos, que exijam um menor valor de entrada.
Tente realizar um trabalho de oferecimento de alternativas para clientes que já se encontravam “engatilhados”. Para aqueles que visavam imóveis com valores próximos de R$ 500 mil, passe a oferecer alternativas de R$ 350 mil. Procure proximidades de bairros que possuam mais ou menos o mesmo acesso e facilidades, porém tenham um valor por metro quadrado mais em conta.
A ideia é fazer com que seus clientes, na medida do possível, possam adquirir imóveis de padrão semelhante, mas por valores um pouco menores, mantendo mais ou menos equilibrados os valores que pretendiam desembolsar antes como entrada.
Outras possibilidades
Há outras possibilidades, assim mesmo, para quem quer adquirir um imóvel. O financiamento de imóveis pela CAIXA representa hoje quase 70% do mercado, porém outros bancos realizam também operações de crédito desse nível, além de haverem outras possibilidades, como consórcios, por exemplo.
Como corretor, é bom que você desde já possua uma ideia clara a respeito de como funciona cada uma dessas alternativas, além de informar para seus clientes as vantagens e desvantagens de recorrer a cada uma delas.