Bancos, públicos ou privados, continuam a reduzir o montante disponível para financiamentos e crédito à moradia, assim como exigências para concessão de cartas e financiamentos sobem. Não existe mais essa história de financiamento sem entrada, e muitos que compraram ou entraram em programas nos anos que passaram agora se apertam para arcar com prestações atrasadas e também com despesas de documentação, chaves e outros custos.
Bem, o negócio não dá sinais de melhora no curto prazo e, se você era um daqueles corretores que passava as tardes sentado em uma mesa ou plantão de vendas esperando placidamente clientes chegarem, está na hora de se mexer… e rápido.
Antes de entrar em parafuso, pare e pense no que você pode fazer em circunstâncias como a atual. Não se esqueça que, por pior que o mercado esteja para as pessoas que pretendiam conseguir casas e apartamentos para moradia, há sempre investidores no mercado. Alguns deles perderam um bom dinheiro, mas outros engordaram seus cofres durante o “boom” do mercado e agora podem se dar ao luxo de arriscar e usar seu poder econômico para regatear forte e, mesmo no pior momento da crise, multiplicar seu capital – e garantir sua comissão de corretor, que não anda lá muito boa.
Para onde vão todos?
Imóveis em devolução por falta de pagamento, famílias que planejavam financiar um imóvel e tiveram de desistir, casas e apartamentos antigos de quem financiou anos atrás, mas que não conseguem um comprador. Tudo isso é ouro para um investidor imobiliário que atualmente esteja capitalizado e tenha perfil agressivo.
Sua função como corretor será encontrar essas oportunidades para esse investidor, regateando preços, comparando valores e até arranjando possível compradores antes mesmo do fechamento de negócio pelo investidor. Chegou a hora de parar de atuar como vendedor e começar a se portar como um agente, propriamente dito.
Vendedores não sobreviverão em um mercado adverso como o atual – um bom corretor terá de passar a prestar serviços. Consultas, contatos, visitações, negociações em nomes de terceiros, ajuda em visitas virtuais, agendamento e acompanhamento em reuniões e por aí vai. O investidor imobiliário agressivo continuará a arriscar no mercado, não importa o que aconteça no restante de 2015.
Como encontrar o investidor imobiliário?
Todos diriam que é ele quem procura você, e não o inverso. Pense direito – esse lema é para preguiçosos. Antes de mais nada, separe oportunidades realmente boas em sua carteira e reúna dados que possam ser usados para conseguir descontos ou deságio sobre o valor anunciado.
Em seguida, frequente eventos do segmento – não para compradores residenciais, mas sim para grandes investidores. Exponha apenas um ‘gostinho’ de suas oportunidades e mostre que você tem capacidade de conseguir imóveis com grandes valores de deságio.
É claro, é preciso um pouco de sorte, como em tudo na vida, mas com disciplina e insistência, em algum tempo você conseguirá acesso a dois ou três investidores imobiliários de porte – e, convenhamos, não é preciso muito mais do que isso em sua carteira.