Como as redes sociais estão influenciando o mercado de imóveis

O mercado de imóveis sofreu um boom praticamente sem precedentes no Brasil nos anos que se passaram – agora que a coisa deu uma esfriada, é o momento no qual novas táticas e práticas se revelarão bem-sucedidas ou não.

As redes sociais, nesse sentido, despontam como uma das grandes ferramentas, inclusive com eficiência já comprovada no Brasil e em outros países do mundo. Agentes, corretores e até empresas do segmento de imóveis, no mundo inteiro, têm usado de maneira bem-sucedida as redes sociais, em especial o Twitter e o Facebook, como mecanismo de busca por pessoas que desejam comprar, alugar ou procurar imóveis. É surpreendente o que uma pequena busca nessas redes pode produzir, em termos de localizar perfis de pessoas que efetivamente estão querendo um novo imóvel.

Mais acessível, porém menos invasivo

As redes estão ensinando imobiliárias, e empresas de vários outros setores, a abordar clientes de modo até mais frequente, só que de maneira mais eficaz e menos invasiva. “Martelar” o cliente com anúncios de lançamentos simplesmente não surte mais efeito – pelo contrário, dispersa a audiência.

Fatos e eventos interessantes, particularidades sobre a vizinhança de imóveis e projetos imobiliários, explicações e guias de como resolver problemas com documentação e manter em dia compromissos fiscais e de financiamente, etc. Empresas do ramo imobiliário também estão buscando o cliente por meio de conteúdo e informação – e isso tende a se tornar o padrão muito em breve.

Imagens, por favor

Clientes do setor de imóveis sempre quiseram ver fotos e imagens de apartamentos e casas, na hora de procurar as melhores ofertas. Com o avanço das redes sociais e proliferação de smartphones e tablets, imobiliárias mantêm cada vez mais um bom banco de fotos de seu portfólio e corretores que se dão ao trabalho de compartilhar e enviar para clientes fotos dos locais tiradas com seus próprios celulares. As que não o fazem? Bem, o tempo dirá.

Rapidez de resposta

Nada mais irritante do que corretores que jamais atendem a primeira ligação e demoram dias até retornar ao cliente. Com o advento das redes sociais, multiplicxaram-se canais de comunicação com o cliente, mas a paciência dele, em compensação, ficou ainda mais curta.

No passado, deixar de responder questionamentos de possíveis clientes em 24 ou 48 horas era inaceitável. No Facebook, deixar de responder ao cliente após algumas horas já costuma ser algo inaceitável.

Imobiliárias estão aprendendo que, do mesmo modo que redes sociais facilitaram seu acesso ao cliente, encurtaram também o caminho do cliente até o corretor. Não adianta mais transferir ligações e deixar clientes na musiquinha de espera.

Separando o joio do trigo

Se há algum tempo atrás era difícil identificar, tanto para clientes quanto para imobiliárias, quais eram os bons e os maus corretores, as redes sociais ofereceram uma ótima oportunidade para ver de perto onde estão os problemas.

O fórum das redes sociais permite a empresas de imóveis monitorar e até classificar o trabalho de seus corretores e colaboradores. Agentes que faltam a visitas, não atendem clientes com cortesia ou simplesmente subvalorizam o próprio portfólio da empresa e pode ser detectados com boa antecedência.

Enfim – não apenas na vida pessoal, corretores e agentes utilizam cada vez mais as redes sociais para ampliar também sua rede de contatos profissionais. É importante que sua empresa ou negócio no segmento de imóveis esteja ciente do quanto essa ferramenta pode ser útil, mas também do quanto ela pode ser perigosa quando usada de forma leviana e sem conscientização e estratégia.