Os financiamentos se tornam mais caros, em termos de juros, e com a mudança das regras pela Caixa e outros bancos, cada vez mais difíceis de serem aprovados. Sem possibilidades de arcar com os pesados valores de entrada e condições de pagamento menos vantajosas do que há alguns anos, o brasileiro está tendo de encontrar outras respostas durante o processo de compra de um imóvel – mas quais são essas opções ou alternativas?
A verdade é que um verdadeiro estudo de condições de empréstimo e financiamento agora se faz necessário – algumas opções, como consórcios, ressurgem com maior força, mas às vezes é possível conseguir algumas condições vantajosas em relação às demais, especialmente em bancos públicos, como a Caixa e o Banco do Brasil.
Custo Efetivo Total
Essa é a principal variável a ser analisada em um financiamento ou empréstimo habitacional. Ela diz, de fato, o quanto você irá pagar a mais em relação ao valor original do imóvel, pois engloba não apenas os juros da operação de financiamento, mas todos os encargos e taxas extras que podem incidir sobre a operação.
O CET é o dado mais importante e tende a variar conforme o valor absoluto do imóvel e também em relação ao volume da parcela de entrada que você está disposto a pagar. Por exemplo, para imóveis até R$ 300 mil, o CET atinge 10,04% ao ano no Banco do Brasil se a entrada for de 10% do valor do imóvel e 10,29% ao ano na Caixa, no caso de uma entrada de 50% do valor.
Para imóveis de R$ 800 mil, o CET chega a 12,2% ao ano no Banco do Brasil, para uma entrada de 20% do valor total do imóvel. Para uma entrada de 50%, o CET é de 12,09%, também no Banco do Brasil.
Fato curioso
Um dos fatos mais curiosos do sistema de financiamento brasileiro é que, geralmente, quanto maior o valor de entrada, especialmente para imóveis de menor valor, maior o CET. Em outros países, uma entrada maior costuma reduzir o valor dos juros anuais, até porque o risco passa a ser reduzido para o banco.
Financiamento direto
Outra oportunidade que se tornou mais comum é o financiamento por conta da própria construtora. Com a redução da porcentagem financiada por bancos, muitas construtoras passaram a cobrir o diferencial, financiando o valor residual para seus clientes conseguirem a aprovação de operações no segmento bancário.
Apesar de ser uma boa alternativa para aqueles que não conseguem aprovação do financiamento no sistema bancário, o financiamento via construtora tende a ser mais caro em termos de juros e cobrir prazos menores, geralmente não maiores do que 5 anos.