Se os proprietários com os quais você lida ainda são tradicionalistas e “não confiam” no seguro-fiança, chegou a hora de você fazê-los mudar de ideia. Há enormes vantagens em fechar negócios com esse tipo de garantia, inclusive em relação ao fiador tradicional, o “favorito” dos proprietários de imóveis.
Além de facilitar a vida do locador e do locatário, o seguro-fiança acaba fornecendo mecanismos mais rápidos de reaver valores não pagos, no caso de inadimplência no aluguel, sem a necessidade de recorrer a ações legais e, com isso, ao pagamento de custas e horas de advogados.
Quanto custa?
O seguro-fiança é uma apólice que precisa ser anualmente renovada pelo locatário, e costuma equivaler a algo entre 1,2 e 1,5 vezes o valor do aluguel mais o condomínio. Como a seguradora já procede toda a verificação da documentação do locatário que está contratando a apólice, isso por si só já oferece uma maior garantia de idoneidade para o locador e até mesmo para a imobiliária responsável pela gestão desse contrato.
Algumas apólices podem, inclusive, incluir cláusulas de garantia em relação a incêndios e outros danos que possam vir a ser causados no imóvel durante o período em que o mesmo estiver alugado.
Outras apólices também cobrem valores adicionais, como o IPTU e o condomínio, além de oferecer assistência 24 horas para o segurado em reparos e similares, como chaveiros, por exemplo.
Vantagens sobre o fiador
O queridinho do mercado imobiliário, o bom e velho fiador, oferece sim alguma garantia. Contudo, além da necessidade de incorrer em despesas advocatícias e judiciais, o processo pode levar tempo e não há garantia total do recebimento de todos os valores atrasados.
O fiador somente tem de depositar os valores após o término de uma ação de despejo e, mesmo assim, a nova Lei do Inquilinato prevê algumas situações nas quais o fiador pode simplesmente exonerar-se de suas obrigações em relação ao contrato, deixando o proprietário completamente sem cobertura.
Como corretor ou imobiliária, sua obrigação é alertar seus clientes a respeito das vantagens do seguro sobre as formas tradicionais de garantia, sua maior confiabilidade e também agilidade no caso de não pagamento das obrigações por parte do inquilino.
Outra vantagem também é o fechamento mais rápido do contrato. Sem ter de “correr atrás” de fiadores, o inquilino pode simplesmente pagar pelas garantias necessárias e dar seguimento à assinatura do contrato. A papelada toda pode ficar pronta em pouco mais de uma semana em alguns casos.
Finalmente, não se deve esquecer da indústria dos “fiadores profissionais”. Muitos inquilinos recorrem a pessoas que oferecem “serviços” como fiadores, oferecendo-se como garantia em contratos de aluguel, mas na realidade não possuindo vínculos diretos com o locatário. Alguns desses casos apresentam fraudes, imóveis com irregulares que entram como caução e fiadores que simplesmente desaparecem do mapa – junto com os aluguéis atrasados que o proprietário teria de receber.