Financiamento – Ganhando com a Valorização do Imóvel

Muita gente que investiu em imóveis nos últimos dez anos ganhou muito dinheiro. Outros, principalmente entre aqueles que realizaram financiamentos, nem tanto. A compra de imóveis na planta muitas vezes oferece descontos que, a depender do contrato e mecanismo de juros e pagamento do financiamento, são ilusórios.

Mas como contornar a ilusão e realmente usufruir da valorização do imóvel que você comprou?

Primeiro – os gastos

Em primeiro lugar, quando adquirimos imóveis na planta, é preciso considerar em nossos cálculos os gastos que teremos de incorrer enquanto a unidade não é de fato entregue. Precisamos deduzir os gastos com aluguel em outra localização como um custo para aquisição do imóvel, já que é um gasto que não teríamos de efetuar, caso comprássemos imóveis usados e prontos para morar.

Quando for realizar o financiamento, faça um cálculo aproximado para verificar se o valor do desconto concedido é suficiente para bancar seus gastos com aluguel no período previsto até a entrega. Caso não seja, peça um desconto maior ou financie um imóvel pronto para a mudança.

Segundo – política de juros

Comprar um imóvel na planta somente representa uma vantagem se, de fato, você estiver pagando menos pela propriedade. Muitos sistemas de financiamento não oferecem qualquer compensação ao comprador na valorização e, no final das contas, você acaba pagando por toda a valorização do imóvel ao longo do período de amortização da dívida.

Procure alternativas entre os bancos e entidades financeiras que possuam juros pré-fixados e “congelados”. Assim, sempre que o imóvel valorizar, você como comprador também estará auferindo parte dos ganhos do ativo, não apenas a incorporadora.

Terceiro – divisão da entrada

Grande parte dos compradores de imóveis nos dias de hoje não dispõem de recursos para quitar o valor da entrada de uma vez só. Nesses casos, o valor é dividido em parcelar diversas que podem ter vencimentos variados.

Averigue bem as condições dessa divisão e cuidado com o fator “surpresa”. Muitas construtoras e incorporadoras acabam reduzindo aparentemente o valor da entrada para tornar o negócio mais atraente, mas cobram parcelas semestrais, anuais e de outras naturezas pesadas e sem condições de argumentação – o que pode causar problemas mais à frente no financiamento.

Quarto – parcela de comprometimento

Não seja “guloso”. A inadimplência no segmento imobiliário se deve, em grande parte, a pessoas que assumem compromissos com financiamentos maiores do que realmente podem arcar mensalmente.

Caso você comece a atrasar parcelas, certamente não irá ganhar com qualquer valorização do imóvel e, não raramente, acabará sujeito a índices de juros muito maiores do que os das parcelas comuns.

Organize-se e tente não comprometer mais de 30% ou 35% de seus ganhos mensais com o financiamento, caso contrário é praticamente certo que você terá problemas e perderá dinheiro ao longo do tempo, mesmo que seu imóvel ganhe valor na venda.

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